A Espondilolistese é uma condição médica que afeta a coluna vertebral, especificamente a coluna lombar (região inferior das costas) ou, em casos menos comuns, a coluna cervical (pescoço). Saiba mais no artigo!

O que é Espondilolistese ?

A ESPONDILOLISTESE ocorre quando uma vértebra se desloca para frente em relação à vértebra adjacente, resultando em uma instabilidade na coluna vertebral. Esse deslizamento é geralmente causado por um defeito ou fratura na parte posterior da vértebra, chamado de “pars interarticularis”.

Existem diferentes graus de espondilolistese, que são classificados de acordo com a quantidade de deslizamento da vértebra em relação à vizinha:

  • Espondilolistese grau I (ou ligeira): O deslizamento é menor, com menos de 25% da vértebra deslocada em relação à vizinha.
  • Espondilolistese grau II (ou moderada): O deslizamento é de 25% a 49%.
  • Espondilolistese grau III (ou grave): O deslizamento é de 50% a 74%.
  • Espondilolistese grau IV: O deslizamento é de 75% a 99%.
  • Espondilolistese grau V (ou espondiloptose): O deslizamento é de 100%, o que significa que a vértebra se deslocou completamente em relação à vizinha.

A espondilolistese pode ser causada por diversos fatores, incluindo:

  • Defeitos congênitos: Algumas pessoas nascem com uma predisposição genética para a condição devido a anomalias no desenvolvimento da coluna vertebral.
  • Estresse repetitivo: Atletas ou indivíduos envolvidos em atividades que exigem movimentos repetitivos da coluna lombar, como ginástica ou levantamento de peso, podem desenvolver a espondilolistese por estresse repetitivo na região.
  • Trauma: Lesões traumáticas, como quedas ou acidentes de carro, podem causar fraturas na pars interarticularis e levar à espondilolistese.
  • Degeneração espinhal: À medida que envelhecemos, a coluna vertebral pode sofrer degeneração natural dos discos intervertebrais e articulações facetárias, o que pode aumentar o risco de espondilolistese.

Os sintomas da “espondilolistese” podem variar dependendo do grau de deslizamento e de outras condições subjacentes. Os sintomas comuns incluem dor nas costas, dor lombar, rigidez, fraqueza nas pernas, sensação de dormência ou formigamento nas pernas e dificuldade em andar. Em casos graves, a espondilolistese pode comprimir a medula espinhal, levando a sintomas neurológicos mais graves, como incontinência urinária e fecal.

Quais os sintomas da Espondilolistese ?

Os sintomas mais comuns da espondilolistese incluem:

  • Dor nas costas: A dor lombar é o sintoma mais comum da espondilolistese. A dor pode variar de leve a intensa e geralmente é localizada na parte inferior das costas, na região da coluna lombar. A intensidade da dor pode aumentar com a atividade física e o movimento.
  • Rigidez nas costas: Os pacientes com espondilolistese podem experimentar rigidez na região lombar, o que pode limitar a amplitude de movimento da coluna vertebral.
  • Dor nas nádegas e pernas: A dor pode se irradiar para as nádegas, coxas e pernas. Isso ocorre porque o deslizamento vertebral pode comprimir as raízes nervosas adjacentes, causando dor irradiada conhecida como ciática.
  • Fraqueza muscular: Em casos mais graves, a compressão das raízes nervosas pode levar à fraqueza muscular nas pernas, dificultando a realização de atividades normais.
  • Dormência e formigamento: A compressão nervosa também pode causar sensações anormais, como dormência e formigamento, nas nádegas, coxas e pernas.
  • Dificuldade para andar: Em casos graves, a espondilolistese pode afetar a marcha e a mobilidade, tornando a caminhada difícil.
  • Incontinência urinária ou fecal (raro): Em casos extremos de espondilolistese com compressão grave da medula espinhal, pode ocorrer incontinência urinária ou fecal, bem como problemas de controle da bexiga e do intestino. Esses sintomas exigem atenção médica imediata.

É importante notar que os sintomas da espondilolistese podem variar amplamente de pessoa para pessoa e podem não estar presentes em casos mais leves. Além disso, os sintomas podem ser agravados por atividades que aumentam a pressão na coluna lombar, como levantamento de peso ou movimentos bruscos.

Se você suspeitar de espondilolistese, especialmente se tiver dor nas costas persistente ou sintomas neurológicos, como fraqueza ou dormência nas pernas, é importante procurar um médico especializado em ortopedia com enfoque em coluna vertebral para um diagnóstico adequado e orientações sobre o tratamento. O tratamento da espondilolistese pode variar de acordo com a gravidade da condição, indo desde cuidados conservadores, como fisioterapia e medicamentos, até a cirurgia, em casos mais graves.

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Como é feito o tratamento da Espondilolistese ?

O tratamento da espondilolistese depende da gravidade dos sintomas, do grau de deslizamento vertebral e de outros fatores individuais. Geralmente, o tratamento pode ser dividido em abordagens conservadoras (não cirúrgicas) e cirúrgicas. O objetivo principal do tratamento é aliviar a dor, estabilizar a coluna vertebral e restaurar a função normal. Aqui estão as abordagens comuns:

Tratamento Conservador:

  • Repouso e restrição de atividades: Em casos leves de espondilolistese, o repouso pode ser recomendado, com a limitação de atividades que agravam a condição, como levantamento de peso e movimentos bruscos.
  • Fisioterapia: Um fisioterapeuta pode desenvolver um programa de exercícios para fortalecer os músculos das costas e do núcleo, melhorar a flexibilidade e aliviar a pressão na coluna vertebral.
  • Medicamentos: Analgésicos de venda livre, como paracetamol, ou anti-inflamatórios não esteroides (AINEs), podem ser prescritos para aliviar a dor e a inflamação.
  • Dispositivos de suporte: O uso de um colete ortopédico ou cinta lombar pode ajudar a estabilizar a coluna vertebral e aliviar a dor, especialmente em casos de espondilolistese grau I ou II.
  • Injeções epidurais: Em alguns casos, o médico pode recomendar injeções epidurais de corticosteroides para reduzir a inflamação e aliviar a dor associada à compressão das raízes nervosas.

Tratamento Cirúrgico:

A cirurgia pode ser considerada quando o tratamento conservador não alivia os sintomas ou quando a espondilolistese é grave e envolve compressão significativa da medula espinhal ou das raízes nervosas. As opções cirúrgicas podem incluir:

  • Fixação espinhal: Isso envolve a utilização de parafusos, hastes e/ou placas para estabilizar a coluna vertebral, impedindo o deslizamento adicional das vértebras.
  • Descompressão: Em casos em que há compressão da medula espinhal ou das raízes nervosas, o cirurgião pode realizar uma descompressão para aliviar a pressão e liberar as estruturas nervosas.
  • Fusão espinhal: A fusão espinhal é frequentemente realizada em conjunto com a fixação espinhal para criar uma sólida conexão entre as vértebras adjacentes, promovendo a estabilidade.

O tratamento cirúrgico é geralmente reservado para casos mais graves ou quando outras abordagens não são eficazes. A escolha do procedimento cirúrgico específico dependerá da avaliação do médico e da condição do paciente.

É importante discutir todas as opções de tratamento com um ortopedista com foco em coluna vertebral, que poderá recomendar a abordagem mais adequada com base na gravidade da espondilolistese, na saúde geral do paciente e em seus objetivos de tratamento. O sucesso do tratamento depende em grande parte do diagnóstico preciso e do tratamento adequado, por isso é fundamental procurar atendimento médico especializado para essa condição.

O Dr. Dênis Sakai é ortopedista com enfoque em coluna e realiza o diagnóstico e tratamento de Espondilolistese. Entre em contato e agende uma consulta!

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