Intervenções Precoces para Escoliose Idiopática: Quando Começar
Postado em: 05/05/2025
A Escoliose Idiopática costuma surgir principalmente durante a infância ou adolescência, período marcado por rápido crescimento ósseo.

Iniciar o acompanhamento logo após o diagnóstico faz diferença não apenas na eficácia do tratamento, mas também na autoestima e no bem-estar do paciente.
A seguir, conheça a evolução dessa condição e as possibilidades de tratamento!
Como a escoliose idiopática evolui
A “Escoliose Idiopática” é caracterizada por uma curvatura tridimensional da coluna vertebral, sem causa definida, e pode evoluir de forma silenciosa.
Em fases iniciais, a criança não costuma apresentar dor, o que dificulta a identificação sem uma avaliação clínica detalhada.
O risco de progressão é maior durante os surtos de crescimento, como o que ocorre no estirão puberal.
Por esse motivo, a Sociedade Brasileira de Escoliose recomenda que, uma vez identificada a curvatura, o paciente seja acompanhado de forma periódica com exames clínicos e radiográficos.
O ângulo de Cobb é o parâmetro utilizado para medir a curvatura e monitorar sua evolução.
Quando a curva está entre 10 e 25 graus, a conduta é geralmente conservadora, com observação clínica regular.
Porém, há casos em que mesmo com curvaturas leves, é necessário antecipar medidas terapêuticas para impedir um agravamento acelerado.
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Critérios para iniciar a intervenção precoce
A decisão de iniciar o tratamento precoce para escoliose leva em conta uma combinação de fatores clínicos, radiográficos e individuais.
Alguns critérios fundamentais para definir o início da intervenção são:
- Grau da curvatura (ângulo de Cobb): a maioria das intervenções se inicia a partir de 20 graus, mas há exceções.
- Idade óssea e cronológica do paciente: quanto mais jovem o paciente, maior o risco de progressão.
- Presença de assimetrias visíveis: ombros ou quadris desnivelados, saliência nas costelas, ou alteração postural evidente.
- Histórico familiar de escoliose: a genética pode influenciar a evolução da doença.
- Padrão de progressão nas radiografias: mesmo curvas pequenas que mostram aumento entre exames consecutivos podem indicar a necessidade de intervenção.
Esses fatores são analisados em conjunto para determinar se o paciente se beneficiará de uma conduta imediata, seja com fisioterapia especializada, uso de colete ou acompanhamento mais frequente.
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Opções de tratamento nas fases iniciais da escoliose idiopática
Quando há indicação de tratamento precoce, a abordagem é sempre individualizada.
O objetivo é conter a progressão da curvatura e evitar a necessidade de cirurgia. As principais estratégias incluem:
- Acompanhamento clínico rigoroso: consultas regulares com radiografias seriadas para observar a curva em crescimento.
- Fisioterapia específica para escoliose: métodos como Schroth auxiliam no controle da curvatura com exercícios posturais personalizados.
- Uso de colete ortopédico: em adolescentes com curvas entre 25 e 40 graus e potencial de crescimento.
- Orientações posturais e atividade física adaptada: incentivar práticas que favoreçam o alinhamento corporal sem sobrecarregar a coluna.
Mesmo em casos que futuramente necessitem de cirurgia para escoliose idiopática, o tratamento precoce pode amenizar a gravidade da curva e facilitar o planejamento do procedimento.
É essencial iniciar o acompanhamento com um especialista assim que a escoliose idiopática for diagnosticada. Não adie os cuidados com a saúde da sua coluna!
Entre em contato e marque uma consulta para conversarmos melhor! Será um prazer ajudar na prevenção de complicações diante da escoliose.
Dr. Denis Seguchi Sakai
Ortopedista e Cirurgião de Coluna
CRM-SP: 119.954 | RQE: 50.953
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