Escoliose Congênita: Entenda as Causas e os Fatores de Risco

Eu sou um médico especializado no tratamento de condições da coluna vertebral, e hoje quero falar sobre a Escoliose Congênita, uma condição que exige uma abordagem cuidadosa e personalizada. 

A escoliose congênita é uma alteração lateral da coluna presente desde o nascimento, e pode ter diferentes tratamentos dependendo do grau de curvatura e das particularidades de cada paciente.

Hoje vamos conversar sobre alguns fatores de risco e tipos de intervenção e cuidado. Para saber mais sobre o assunto, continue sua leitura! Vamos lá?

O que é a escoliose congênita?

A escoliose congênita é uma alteração lateral na curvatura da coluna vertebral que está presente desde o nascimento. Essa condição ocorre devido a anomalias no desenvolvimento das vértebras, que podem se formar de maneira incompleta ou fundida. 

A escoliose congênita pode variar significativamente em termos de gravidade, apresentando desde curvaturas leves, que são quase imperceptíveis, até deformidades mais severas, que podem ter um impacto profundo na saúde do paciente.

Curvaturas leves geralmente não causam grandes problemas e podem ser acompanhadas apenas com observação regular. No entanto, deformidades mais severas podem afetar a função respiratória e a mobilidade, exigindo intervenções mais complexas e, às vezes, cirúrgicas. 

Essas deformidades podem causar pressão sobre os pulmões e outros órgãos, levando a dificuldades respiratórias e outras complicações sistêmicas.

O tratamento da escoliose congênita é definido pensando nas demandas de cada situação e nas particularidades do paciente, o que torna essencial uma abordagem personalizada e adaptativa. Cada caso é único, e o plano de tratamento deve ser cuidadosamente elaborado para atender às necessidades específicas do paciente. 

Isso pode incluir desde monitoramento e fisioterapia até intervenções cirúrgicas complexas. A individualização do tratamento é fundamental para garantir os melhores resultados possíveis e melhorar a qualidade de vida dos pacientes.

Quais são os fatores de risco para a escoliose congênita?

A escoliose congênita é influenciada por uma variedade de fatores de risco. Confira alguns exemplos:

• Fatores genéticos: Entre os fatores de risco estão as causas genéticas, onde há uma predisposição hereditária para alterações na formação da coluna vertebral. Estas alterações podem incluir questões vertebrais, fusão óssea anômala ou assimetria no crescimento vertebral.
• Outros fatores: Infecções ou condições médicas durante a gestação também podem influenciar a formação da coluna, afetando o desenvolvimento estrutural do feto.
• Fatores ambientais: Fatores ambientais durante a gestação, como a exposição a substâncias tóxicas ou toxinas ambientais, podem influenciar negativamente o desenvolvimento da coluna vertebral.

É importante ressaltar que, embora esses fatores possam influenciar o risco, nem todas as pessoas expostas a eles desenvolverão a escoliose congênita. A interação complexa entre predisposição genética e fatores ambientais torna o desenvolvimento dessa condição uma questão multifacetada e única para cada indivíduo.

Quais são os tipos de tratamento da escoliose congênita?

A escolha entre os métodos de tratamento varia de acordo com a gravidade da curvatura e as particularidades do paciente, como sua idade e estado geral de saúde. Confira alguns tipos de tratamento:

Observação e monitoramento

Em casos mais leves, o médico pode optar por monitorar a progressão da curva, realizando exames periódicos para avaliá-la. É fundamental agendar e comparecer às consultas regulares de acordo com as orientações médicas, para garantir que qualquer mudança significativa seja detectada e tratada rapidamente.

Coletes ortopédicos

Coletes ortopédicos podem ser recomendados para impedir ou desacelerar o aumento da curvatura da coluna, sendo especialmente indicados para pacientes em fase de crescimento. Eles não corrigem a curvatura, mas ajudam a controlar a progressão, oferecendo suporte estrutural durante o crescimento.

Fisioterapia

Exercícios específicos de fisioterapia visam fortalecer os músculos das costas, melhorar a postura e ajudar a controlar a curvatura. A fisioterapia pode ser uma parte crucial do tratamento conservador, proporcionando benefícios significativos em termos de mobilidade e qualidade de vida.

Cirurgia

Em casos de maior gravidade, onde a curvatura está progredindo rapidamente ou trazendo riscos significativos à saúde, a intervenção cirúrgica pode ser indicada. 

A cirurgia busca corrigir a curvatura por meio de técnicas de instrumentação, como a inserção de hastes, parafusos e/ou enxertos ósseos. O objetivo é estabilizar a coluna e prevenir uma progressão adicional da deformidade.

A escolha do tratamento depende da idade do paciente, da progressão da curva, do impacto na qualidade de vida e de outros fatores médicos específicos de cada caso. 

Uma abordagem multidisciplinar é fundamental, envolvendo médicos, fisioterapeutas e, em alguns casos, psicólogos para apoiar o paciente durante o tratamento e garantir uma abordagem holística do cuidado.

Os fatores de risco para a Escoliose Congênita podem ou não resultar nessa condição, não sendo uma questão de culpa ou responsabilidade dos pais. Existem diferentes tipos de tratamentos e, com orientação e medidas adequadas, é possível lidar com essa condição de forma eficaz, garantindo bem-estar e qualidade de vida.

Espero que o conteúdo tenha ajudado a esclarecer mais sobre a escoliose congênita. Para ter informações sobre o meu trabalho, você pode entrar em contato comigo pelo WhatsApp! 

Estou aqui para oferecer o suporte necessário e ajudar no tratamento personalizado para melhorar sua qualidade de vida.

Dr. Denis Sakai
Ortopedista especialista em cirurgia da coluna
CRM 119.954

Leia também:

• Escoliose congênita em crianças: Quando e como procurar ajuda médica
• Escolha do cirurgião para escoliose idiopática: Fatores a considerar

COMPARTILHAR: