Variedades de Escoliose: Tipos e diferenças cruciais
Postado em: 21/10/2024
A Escoliose é uma condição caracterizada pela curvatura lateral anormal da coluna vertebral, e pode se manifestar de várias formas, dependendo de sua origem e gravidade.
Saber diferenciar os tipos de escoliose é crucial para determinar o tratamento adequado e prevenir o agravamento da condição.
Neste artigo, vou comentar as principais variedades de escoliose e suas diferenças fundamentais. Continue a leitura para conferir!
O que é a escoliose?
Antes de entrar nas variedades da condição, é importante entender que a “Escoliose“ é uma curvatura lateral da coluna que pode ocorrer em qualquer parte da espinha dorsal.
Em vez de uma coluna reta, os pacientes com escoliose apresentam uma curvatura em forma de “C” ou “S”.
A condição pode ser leve e passar despercebida, ou grave, levando a dores, deformidades visíveis e problemas respiratórios ou cardíacos.
Tipos de escoliose
Agora que já temos uma visão geral da escoliose, vamos discutir as principais variedades e suas diferenças cruciais.
Cada tipo possui causas e características únicas que influenciam o tratamento.
1. Escoliose idiopática
A escoliose idiopática é a forma mais comum, especialmente em crianças e adolescentes.
Ela representa cerca de 80% dos casos de escoliose e é classificada em diferentes categorias com base na idade de início:
- Escoliose infantil: Aparece antes dos 3 anos de idade. Embora rara, pode ser grave e requer acompanhamento precoce.
- Escoliose juvenil: Aparece entre 3 e 10 anos de idade. A progressão da curva é monitorada para evitar a necessidade de intervenção cirúrgica.
- Escoliose adolescente: O tipo mais comum, diagnosticado geralmente entre 10 e 18 anos, período de crescimento rápido. Esse tipo costuma progredir durante a puberdade.
O termo “idiopática” significa que a causa exata é desconhecida, o que torna o diagnóstico e tratamento mais desafiadores, já que a condição pode variar em severidade e progressão.
2. Escoliose congênita
A escoliose congênita é uma deformidade presente desde o nascimento, resultante de um desenvolvimento anormal das vértebras ainda no útero.
Essa condição ocorre quando as vértebras não se formam completamente ou não se separam adequadamente durante o desenvolvimento fetal.
As crianças com escoliose congênita podem apresentar curvas severas desde cedo, e a condição tende a piorar à medida que crescem.
Os tratamentos para escoliose congênita geralmente envolvem monitoramento rigoroso e, em alguns casos, intervenção cirúrgica precoce para corrigir ou impedir a progressão da curvatura.
3. Escoliose neuromuscular
A escoliose neuromuscular é causada por condições que afetam os nervos e os músculos, como a paralisia cerebral, distrofia muscular ou lesões na medula espinhal.
Essas doenças prejudicam o controle dos músculos que mantêm a coluna alinhada, levando ao desenvolvimento de uma curvatura.
Este tipo de escoliose tende a progredir mais rapidamente e a ser mais grave do que a escoliose idiopática, e frequentemente exige intervenção cirúrgica para corrigir a curvatura e melhorar a qualidade de vida do paciente.
4. Escoliose sindrômica
A escoliose sindrômica ocorre como parte de síndromes genéticas ou condições sindrômicas, como a síndrome de Marfan ou a síndrome de Ehlers-Danlos.
Nesses casos, a escoliose é um dos vários problemas de saúde que afetam o paciente, geralmente associados à frouxidão ligamentar ou ao crescimento excessivo.
O tratamento da escoliose sindrômica pode ser desafiador, pois exige uma abordagem multidisciplinar para lidar com as outras condições presentes.
Diferenças cruciais entre os tipos de escoliose
Embora todas as formas de escoliose envolvam a curvatura anormal da coluna, as causas e a progressão variam significativamente.
A escoliose idiopática, por exemplo, surge sem uma causa aparente, enquanto a congênita é resultado de um desenvolvimento inadequado das vértebras.
A neuromuscular, por outro lado, está associada a problemas neurológicos e musculares subjacentes, o que pode dificultar o controle da curva.
Já a sindrômica está ligada a condições genéticas mais complexas.
Em resumo, cada tipo de escoliose exige uma abordagem de tratamento individualizada, baseada na gravidade da curvatura, na idade do paciente e na causa subjacente. A compreensão das diferenças é essencial para garantir o diagnóstico e tratamento corretos.
Se você ou alguém que conhece foi diagnosticado com escoliose, é importante consultar um especialista. Entre em contato e marque sua consulta!
Dr. Denis Sakai
Ortopedista e Cirurgião de Coluna
CRM-SP: 119.954 | RQE: 50.953
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